A
FORMAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA DO PROFESSOR
“Se não fosse pelo último
minuto, muita coisa ficaria sem fazer-se”.
Nós, professores, precisamos refletir sobre a constituição e
interação dos saberes, que ratificam a prática do fazer docente.
Pimenta (2005, p.26) afirma que o saber docente não é formado
apenas da prática, sendo também nutrido pelas teorias da educação. Mediante
esta afirmação fica claro que, a teoria tem importância fundamental, pois ao
nos apropriarmos de fundamentação teórica nos beneficiamos de variados pontos
de vista para uma tomada de decisão dentro de uma ação contextualizada,
adquirindo perspectivas de julgamento para compreender os diversos contextos do
cotidiano. A interação dialógica entre saberes gera o desenvolvimento de uma prática
pedagógica autônoma e emancipadora.
Assim,
neste contexto de Educação entendemos a formação continuada de nossos
professores como uma necessidade. O conhecimento pedagógico é construído e
ampliado ao longo do tempo por nossos professores, durante sua vida
profissional, como resultado das relações teóricas e práticas.
Atualmente,
a expectativa que se tem do papel do professor, é a de que ele intervenha, de
forma ativa e reformule sua prática através do auto avaliação e estratégias
diferenciadas, com autonomia e participação consciente e responsável na vida de
nossas crianças. A prática pedagógica é uma dimensão da prática social, a qual
pressupõe a relação teórica e pratica, condição necessária para sua realização,
devendo levar em conta a realidade onde o CEI está inserido. O professor deve
adaptar-se ao contexto social político e histórico, tendo a capacidade de se
reconstruir num movimento de ação-reflexão. Esta fase traz consigo incertezas e
riscos, sobre a qual o CEI e o professor devem refletir juntos, conhecendo as famílias
atendidas.
A
relação família e educadora precisa ser estreita e ampliada, numa relação de
confiança mutua, as intervenções dos mesmos devem ser bem planejadas e
elaboradas.
É
preciso estar atento para o que é dito, como é dito e para o que acontece de
fato com nossos pequenos. Ser professor não basta. É preciso ser professor com
saberes da prática e com a teorização que compõe essa práxis, assim nossa formação
é constituída diariamente.
“Não
nasci marcada para ser um professor assim (como sou). Vim me tornando desta
forma no corpo das tramas, na reflexão sobre a ação, na observação atenta a
outras praticas, na leitura persistente e crítica. Ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo aos poucos, na
pratica social de que tornamos parte”. (FREIRE).
A
formação de nossos professores, contribui em muito para uma melhora na
qualidade do aprendizado. O professor não deve se abster de estudar, o prazer
pelo estudo e a leitura deve ser evidente, senão não irá conseguir pasar esse
gosto para seus alunos. Ele
precisa conhecer as questões políticas educacionais, as diversas praticas analisadas
na perspectiva histórico, sociocultural.
De
acordo com a Lei de Diretrizes e Bases:
-
Art.62- A formação de docentes para atuar na Educação Básica far-se-á em nível Superior,
em curso de Licenciatura, de Graduação Plena, em Universidades e Institutos
Superiores de Educação, admitida, como formação mínima para o exercício do Magistério
na Educação Infantil e das quatro primeiras series do Ensino Fundamental, a
oferecida em nível médio, na modalidade Normal.
-Art.64-
A formação de profissionais de Educação para administração, planejamento,
inspeção, supervisão e orientação educacional para a Educação Básica, será
feita em cursos de Graduação em Pedagogia ou em nível de Pós-Graduação, a
critério da Instituição de ensino, garantida nesta formação, a base comum
nacional.
-Art.65-
A formação docente, exceto para a Educação Superior, incluirá pratica de ensino
de, no mínimo, trezentas horas.
Art.66-
A preparação para o exercício do Magistério Superior far-se-á em nível de
Pós-Graduação, posteriormente em programas de Mestrado e Doutorado.
-Parágrafo
único- O notório saber, reconhecido por universidades com curso de Doutorado em
área afim, poderá suprir a exigência de titulo acadêmico.
A
formação oportuniza o professor não só o saber em sala, ele precisa conhecer o
desenvolvimento sobre seu papel diante de seus alunos e da comunidade atendida.
A vida cotidiana de um determinado grupo de
crianças é mais rica do que aquilo que possa ser previamente pensado ou
planejado, pois a convivência implica a existência do inesperado. O educar
precisa do ouvir, do falar, além do vínculo afetivo estabelecido com a criança. O
educador não pode esquecer que o educar é um processo cultural, nasce da
aprendizagem, da orientação que essa criança recebe, podendo formar ou
deformá-la, deixando de criar um cidadão autônomo e consciente de seus direitos
e deveres.
E principalmente que muitas vezes o melhor
professor é outra criança, interagindo e desenvolvendo uma aprendizagem
significativa, possibilitando o encontro a partilha, cada uma aprendendo à sua
maneira.
Bom Trabalho Meninas !!!!
(Elizabete
Schurnovski )
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